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terça-feira, 5 de junho de 2012

Terça Feira... Que Òrisá Ògún abra seus caminhos e Òrisá Òsúmare te traga a prosperidade



ÒGÚN
É o Orixá Senhor das contendas, deus da guerra. Seu nome, traduzido para o português, significa luta, briga, batalha. É a divindade da metalurgia, do ferro, aço e outros metais fortes. Ogun é a força incontrolável e dominadora, do movimento, do choque. Patriarca dos exércitos, dono das armas. Ogum é o poder do sangue que corre nas veias. Orixá da manutenção da vida.
Como Exu, Ogum está presente no calor, na ira, no ódio, na cólera. Está  presente nas batalhas, brigas, empurrões, na vontade de exterminar. É um Orixá, uma força da Natureza que se faz presente nos momentos de impacto e nos momentos fortes.
O encantamento de Ogun, aquilo que gera sua presença, se faz, como disse antes, nos momentos de impacto, tais  como o choque entre dois objetos de metal; uma colisão no ar, no mar e na terra; no estrondo de algo pesado  caindo ao chão. Seu encanto está na explosão, no derramamento do ferro fundido.
No dia a dia vamos encontrar esta força denominada Ogun nos estaleiros, nas oficinas de lanternagem, nos ferreiros, nos quartéis, no disparo de uma arma, no ato de se afiar uma lâmina, no trabalho com um serrote, no choque do martelo fincando um prego na parede, no despertar de um relógio, num grito de raiva na dor aguda.
A faca que penetra na carne, a bala que fura a carne, faz o encantamento da força da Natureza, Ogun. É o orixá do impacto, da detonação. O sangue que corre em nosso corpo é um fenômeno regido por Ogun. A vida mantida acesa num ser, é regida por Ogun, Orixá da defesa e da guerra, ele pode até evitar uma briga, mas gosta de lutar e é imbatível.
Ogun também é a viagem, a estada longe, os veículos. Ogun é a jornada, a empreitada, a luta do dia a dia.. É a estrada de ferro, o impacto do trem nos trilhos. Ele é o próprio trem... ele é o próprio trilho.
Considerando como um Orixá impiedoso e cruel, ele pode até passar essa imagem, mas sabe ser dócil e amável. No candomblé é o grande general, marechal e todas as lutas, o grande guardião, pai rígido e severo, mas apaixonado e compreensível.
Ogun é franqueza, a decisão, a convicção, a certeza, o fato consumado, as vias de fato. Ogun é o empilhamento de metais, a bateria que gera a energia, a pilha; é a própria energia, vibrante, incontrolável, devastador, Ogun é a vida em sua plenitude.
Ogun também está presente nas construções, nas edificações, no cimento que vai unir tijolos e construir casas. Ogun é a muralha, o obstáculo difícil de ser vencido. É o amianto, o aço, o ferro, a bauxita, o manganês, o carvão mineral, a prata, o ouro maciço, o diamante em estado bruto.Ele é também a lapidação, o aparelho cirúrgico, o aparelho dentário, o próprio dente. É o ato de cortar, morder, devorar, sem piedade e com a negritude da fome. Ogun também é o zinco, o cobre, o alumínio, o parafuso, o prego, a mola, a viga, a estrutura, o concreto, a dureza, a firmeza.

Mitologia
Ogun é filho de Iemanjá e irmão mais velho de Exu e Oxossi. Por este ultimo nutre um enorme sentimento, um amor de irmão verdadeiro e poderoso, capaz de matar e aniquilar quem puser em risco a tranqüilidade de seu mano Oxossi. Há quem  diga, até, que Ogun zela mais pelos filhos de Oxossi que pelos seus próprios, tal é o sentimento que ele tem pelo irmão.
Ogum era um caçador, tranqüilo, calmo, pacato. Bom filho, bom irmão, atencioso e trabalhador. Era ele quem provia sua casa e família, pois Exu gostava de viajar pelo mundo. Oxossi, ao contrario, era mais descansado e contemplativo. Como irmão mais velho, então Ogun cuidava da caça, dos concertos, etc. Mas, dentro de seu coração, existia um enorme desejo em “ganha o mundo”, como seu irmão Exu.
Num belo dia, ao voltar de uma exaustiva caçada, Ogun viu sua casa e família ameaçada por guerreiros de terras distantes. Ao ver a casa em chamas e seus entes queridos clamando por socorro, Ogun tomou-se de ira e, sozinho, cheio de ódio, arrasou com os agressores, não deixando um só de pé.
Daí por diante Ogun iniciou Oxossi na arte das caça; mostrou-lhe os caminhos e trilhas da floresta e lhe disse:
- Sempre que estiveres em perigo pense no seu irmão. Onde eu estiver voltarei para defendê-lo.
Aproximou-se de Iemanjá e se despediu:
- Mãe, preciso ir. Preciso vencer e conquistar. Está no meu sangue, essa é a minha vontade.
Desta forma, Ogun partiu e tornou-se o maior guerreiro do mundo. Mesmo sem exercito, vencia todos os exércitos, conquistando tudo aquilo que queria. Ogun  se tornou a vitória, a força da conquista.
Esse Orixá, de temperamento explosivo e coração quente, é a força da Natureza talvez mas temida e respeita. Ogun é o gás, a explosão, a guerra, o choque de dois carros, o ferro retorcido, a luta entre os homens e os animais. Ogun é a valentia, a bravura, a coragem, a estocada, a largada, a chegada vitoriosa.
Ogun também é o ciúme, o desabafo, a disputa. Senhor dos metais e incapaz de ser derrotado.
O elemento de Ogun é a terra, e dependendo das qualidades , ou sejam sua fundamentação, carrega também os elementos água e ar.
Quando você sentir seu pulso, seu coração batendo, tenha certeza, Ogun está presente. Quando sentir que seu sangue corre nas veias, pense com convicção. Ogun está presente. Enquanto sentir que existe vida dentro de si, saiba, Ogun a está mantendo e abençoado.

Dados
Dia: terça feira.
Data: 13 de junho
Metal: ferro
Cor: Azul Marinho e Verde
Parte dos corpo: mãos, sangue
Comida: feijoada e inhame
Arquétipos: impetuosos, autoritários, cautelosos, trabalhadores, desconfiado e um pouco egoísta
Símbolos: espada, faca e facão


OSÚMARE

Oxumarê  é o Arco Íris, sinal de bons tempos, de bonança. É o Orixá da riqueza, do dinheiro, chamando carinhosamente de “ o banqueiro dos Orixás”. É a cobra sagrada Dan. Orixá da prosperidade, da fartura, do lucro.
O homem, que vive atrás do dinheiro, que trabalha para ganhar seu sustento, não pode imaginas, às vezes, que tem esta força da Natureza diariamente ao seu lado. Oxumarê  esta presente praticamente em todos os momentos de nossa vida, pois tudo gira em torno do dinheiro.
Oxumarê está presente nas negociações, no pagamento de contas, no recebimento de um prêmio, na compra, nos negócios envolvendo gastos, lucros e despesas. Está presente nos bancos, nas financeiras, enfim, nos lugares onde se manuseia dinheiro.
Oxumarê é o perde/ganha do homem. É a felicidade de receber uma quantia e a tristeza de perder outra. É o elemento das grandes negociações, da aposta. Seu encanto está no tilintar das moedas.
É também o Orixá das prosperidades, da fartura, da abundância. É por isso que aqueles regidos por Oxumarê sempre estão bem e vida. Para eles o dinheiro não e problema. Gastam e ganham demais e estão sempre com os bolsos cheios.
Oxumarê é aquele que sabe fazer negócios. Quando se vai fechar um contrato, fazer uma compra, uma proposta, vender algo invocamos Oxumarê para nos orientar, pois ele é o Orixá que sabe negociar. É ele que sabe pechinchar, tratar, comprar e vender.
Oxumarê também é a beleza das cores. É o arco-íris, que vai colorir o céu, anunciando coisas boas. É o fenômeno  que vai gerar o colorido do céus. É a beleza da cor, a hipnose da cobra, a felicidade do lucro.

Mitologia
Irmão gêmeo de Ewá e tendo com irmãos mais velhos Ossãe e Obaluaê  - todos filhos de Nana – Oxumarê sempre foi frágil, franzino, mas dotado de grande inteligência  e capacidade.
Um dia, viu-se frente à frente com Olokun pai de Iemanjá, que perguntou-lhe como poderia achar pedras brilhantes, preciosas.
Oxumarê pensou, pensou e respondeu ao Senhor do oceano:
- Meu rei, se quer as pedras preciosas, é preciso que faça um investimento e me dê seis mil búzios (moeda corrente na África antiga).
Respondeu Olokun
- Eu lhe dou!
E Oxumarê  apontou  para a própria casa de Olokun, o mar, explicando-lhe que nas partes rasas poderia encontrar o que procura. As pedras, nos pontos mais rasos do mar, brilhavam com a luz do sol.
Olokun ficou tão feliz que, além do pagamento dos seis mil búzios, ainda deu a Oxumarê a capacidade de transformar-se em serpente e poder, com a ponta do rabo, tocar a terra e com a cabeça tocar o céu.
Com tal poder, Oxumarê transformou-se em serpente, esticou-se até a terá de Olorun, no céu e com os seus mil búzios falou ao Criador:
- Pai, cheguei até o Senhor. Tive que esticar-me demais, para pedir-lhe ajuda, para fazer de mim aquele que tem capacidade de dobrar tudo o que tem.
E Olorun dobrou o número de búzios – de seis para doze mil.
Daí para frente, Oxumarê passou a ser consultado sobre os grandes negócios  dos Orixás. Principalmente Xangô, que fez dele seu consultor, seus grande conselheiro, aumentando sua riqueza de deus do trovão, ao mesmo tempo em que a  do próprio Oxumarê.
E este poder de se transformar em serpente e ir até o céu, originou uma saudação em forma de Orikí, muito bonito, que diz:
- Oxumarê ego bejirin fonná diwó.
“O Arco-íris  que se desloca com a chuva e guarda o fogo no punho.”
Dados
Dia: terça-feira;
Data: 24 de Agosto;
Metal: ouro e prata mesclado;
Cor: amarelo mesclado com verde ou amarelo pintado com preto;
Partes do corpo: espinha dorsal, sistema nervoso e sistema neurovegetativo.
Comida: ovos cozidos com azeite de dendê, farinha de milho e camarão seco;
Arquétipo: desconfiados e traídos, observadores, pessoas que desejam ser ricas, pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem  sacrifícios para atingir seus objetivos. Com sucesso tornam-se facilmente orgulhosos e pomposos, gostam de demonstrar sua grandeza recente, mas estendem a mão em socorro quando alguém precisa.
Símbolos: duas serpentes de ferro


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